terça-feira, 8 de março de 2011

Atualidades em Política Internacional

Na UNASUL a Cúpula de Georgetown (11/2010) aprovou-se a cláusula democrática. Em 12/2010 Uruguai ratifica tratado constitutivo da UNASUL, sendo a 9ª ratificação. Uruguai deposita o termo de ratificação em 09/02/2011. Trinta dias após (11/03/2011) entra em vigor o Tratado de Brasília, conferindo personalidade jurídica à UNASUL. Três países ainda não ratificaram o Tratado de Brasília: Brasil, Colômbia e Paraguai.
No contexto financeiro internacional – reforma de cotas do FMI (reuniões do G20 financeiro). Em outubro de 2010 ocorre um acordo para a reforma do FMI nas reuniões do G20 financeiro. Brasil passa a ser a décima maior cota do FMI com 2,32%. Os BRICS tem uma cota de 14,8% e está prevista a entrada da África do Sul. Essa reforma entrará em vigor em 2012.
Na discussão da guerra cambial em 02/2011 ocorre a reunião do G20 em Paris com proposta francesa para limitação do volume de reservas cambiais dos países e do preço das commodities. Brasil foi contra ambas as propostas.
Na Rodada Doha (OMC) Brasil, Índia e África do Sul estão reunidos no Fórum Econômico Mundial em Davos ( Suíça) em janeiro/2011 e demandam a retomada urgente das negociações na OMC.
No mundo árabe houve a deposição de Bem Ali na Tunísia e queda de Mubarak no Egito. Líbia, Iêmen,Bahrein e Jordânia ocorrem manifestações da população insatisfeita com os governos. Ocorrem notas do governo brasileiro repudiando a violência do governo contra manifestantes. Brasil firmou em 2010 um acordo de livre comércio com o Egito. Crise econômica e social desses países com desemprego preocupante. Crescimento econômico que não tem reflexos sociais. No Líbano o presidente é ligado ao Hezbollah. Ocorre confirmação da visita de Obama ao Brasil para março de 2011.
No meio ambiente, em outubro de 2010 houve a COP 10 sobre biodiversidade em Nagóia, no Japão. Aprovação do Protocolo sobre acesso e repartição equitativa dos ganhos. Países megadiversos defendem a repartição, os do norte defendem acesso. Nagoya se coloca como contraponto em relação à COP 15. Plano de ação de vinte pontos a serem implementados até 2020 com o compromisso de consolidar 10% de zonas de preservação em zonas marítimas e costeiras. Asseguraram 17% de zonas de conservação em zonas terrestres. Na COP 16 sobre mudanças climáticas realizada em Cancun ( México) houve a confirmação do compromisso com o Fundo Verde
( mitigação e adaptação) com 100 bilhões por ano a partir de 2020. Proposta do Brasil e Reino Unido defendem a prorrogação da vigência do Protocolo de Kyoto que caduca em 2012. A primeira visita oficial da Dilma foi à Argentina para tratar de construção de hidrelétrica conjunta.

2- Revisão Geral – Política Internacional

1) Sobre a Política Externa Independente (61-64) , período inovador da diplomacia brasileira, julgue as afirmativas que se seguem como C ou E.

( )A figura de Roberto Campos como embaixador em Washington durante boa parte do governo Goulart foi decisiva para o estabelecimento de relação de confiança mútua e para a superação dos temores de antiamericanismo em relação ao governo brasileiro.
( ) O famoso discurso dos 3 D’s proferido pelo chanceler Araújo Castro perante a Assembléia Geral da ONU revela a essência da nossa política externa do período, apoiada na ênfase ao desenvolvimento e nas críticas à corrida armamentista.
( )A chamada “Guerra da Lagosta”, em referência a incidente envolvendo barcos pesqueiros franceses próximos à costa brasileira, resultou no rompimento de relações diplomáticas com a França de De Gaulle, em mais um episódio que atesta o caráter soberanista e não-alinhado da política externa do período.
( ) A renovação do acordo militar de 1952 com os Estados Unidos durante o governo João Goulart revela o pragmatismo da nossa política externa, capaz de conjugar a necessidade de uma relação satisfatória com os EUA, com a busca por maior autonomia na nossa inserção internacional.

PEI – discurso dos 3D’s (1963). Desenvolvimento – desarmamento – descolonização. Na guerra da lagosta não houve o rompimento de relações diplomáticas com a França. Charles de Gaule “ Brasil não é um país sério”. De Gaulle retira a França do comando militar da OTAN. Em 1977 Geisel rompe com acordo militar.


2)O golpe militar de 1964 e o início do regime militar sinalizam para mais um período de mudança na nossa orientação de política externa. Sobre a diplomacia do governo Castello Branco (64-67), assinale C ou E nas afirmativas abaixo:

( ) O rompimento das relações diplomáticas com Cuba sinaliza para a retomada de um alinhamento político ideológico com os Estados Unidos, marca do Governo Castello Branco.
( ) O notório esfriamento nas relações com a URSS reflete o pensamento alinhado do Governo Castello e leva ao abandono da Comissão Mista Brasil – União Soviética.
( ) O apoio à criação de uma Força Interamericana de Paz permanente, como braço militar dos EUA, e o engajamento brasileiro durante a intervenção na República Dominicana atestam para a reintrodução da lógica de fronteiras ideológicas na nossa política externa.
( ) Não obstante o alinhamento aos EUA, o Brasil não recebeu qualquer apoio econômico sob a forma de novos financiamentos ou empréstimos, apontando mais uma vez para um alinhamento sem recompensas.

O Brasil continua a aprofundar contatos com a URSS, apesar do alinhamento com os EUA. Visita de Roberto Campos a Moscou. Houve uma mudança do governo Jango para Castelo Branco em relação à postura coadjuvante no cenário internacional.

3)O Pragmatismo Responsável e Ecumênico de Geisel constitui momento marcante para a evolução da política externa brasileira. Sobre o período em questão, assinale C ou E nas afirmativas abaixo:

( ) A aposta no projeto Brasil Potência está calcada no notável crescimento econômico fruto do II PND e na ótima relação com as potências mundiais, à margem de quaisquer alinhamentos.
( ) O maior engajamento do Brasil com a promoção dos direitos humanos, num contexto interno de abertura progressiva, contribui para a entrada do Brasil na Comissão de Direitos Humanos da ONU em 1977.
( ) A aproximação com o mundo árabe e com o movimento palestino também são marca do período, dentro de uma lógica de diversificação de parcerias e num contexto imediatamente posterior ao 1º Choque do Petróleo (1973).
( ) A visita de Geisel ao Japão, a primeira de um presidente brasileiro, evidencia o alcance global da nossa política externa, num momento em que os investimentos japoneses ganhavam espaço no país.

O I PND no governo Médici houve extraordinário crescimento econômico. O governo Geisel foi um período turbulento com os EUA. No governo Carter houve divergências nos direitos humanos. O Brasil não entra na CDH por causa do engajamento. O embaixador Linderen Alves afirma que o Brasil entra na CDH em bases defensivas e acautelatórias. No governo Geisel o Brasil se aproxima com o mundo árabe. Brasil reconhece a OLP e abre escritório em Brasília. Brasil apoia o voto antisionista na ONU. Na década de 70 houve uma onda de investimentos japoneses no Brasil. Japão financia o PRODECER ( Programa para o desenvolvimento do cerrado) para o cultivo da soja. Capital japonês financia a linha 4 do metrô de SP.

4) O Brasil tem sido importante defensor dos direitos humanos, reconhecendo o papel e as responsabilidades da comunidade internacional na matéria. Sobre a evolução da posição brasileira, assinale C ou E nas afirmativas abaixo:

( ) Tendo entrado na Comissão de Direitos Humanos de 1977, durante o governo Geisel, o Brasil adotou de início uma postura eminentemente defensiva, só flexibilizada com o fim do governo militar.
( ) A Constituição Federal de 1988, que consagra os direitos humanos como princípio que rege as relações internacionais do país, bem como a criação na década seguinte de uma Secretaria Especial de Direitos Humanos refletem iniciativas destinadas a reverter o quadro de violações de anos anteriores.
( ) O Brasil teve atuação destacada na Conferência de Viena de 1993, contribuindo para o reconhecimento consensual do caráter universal dos direitos humanos e para sua consagração como tema global.
( ) O compromisso do Brasil com os direitos humanos levaram o país a criticar duramente os Estados Unidos pela “guerra contra o terror” empreendida à custa, muitas vezes, dos direitos e liberdades individuais.

A partir do governo Sarney o Brasil passa a ter maior compromisso com os Direitos Humanos, que o embaixador Gelson Fonseca denomina como renovação de credenciais. A CF no artigo 4 – Prevalência dos direitos humanos. Em 1993 em Viena o bem. Gilberto Sabóia redige a declaração final que apontava o compromisso dos Estados com os Direitos Humanos.

5) Observando as características e evolução dos regimes de meio ambiente e direitos humanos, assinale a alternativa ERRADA :

a) A adesão australiana ao Protocolo de Quioto no final de 2007 contribuiu para isolar ainda mais a posição dos Estados Unidos, único país desenvolvido que se mantém fora dos compromissos do documento.
b) O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, cargo exercido pelo brasileiro Sérgio Vieira de Mello no início dos anos 2000, está autorizado a investigar qualquer país suspeito de violar direitos humanos.
c) Os países da União Europeia adotam postura bem ambiciosa no tocante ao corte na emissão de gases de efeito estufa, já tendo assumido o compromisso de redução de 20% até 2020.
d)A necessidade de limpar a matriz energética tem levado alguns países como a França a diminuírem a participação da energia nuclear na sua matriz, preferindo outras fontes de energia não-poluentes como a eólica ou solar.
e) O Brasil tem incentivado a produção de etanol tanto na América do Sul, quanto na África, defendendo seu caráter menos poluente, bem como a sua importância para o desenvolvimento regional.

Na COP 13 em Bali ( Indonésia) a Austrália ratifica o Protocolo de Quioto, sobrando apenas os EUA. Na COP 14 de 2008 em Poznan a UE apresenta o compromisso “3 times 20” até 2020. A França possui 80% de energia nuclear.

6)Membro originário das Nações Unidas, o Brasil sempre buscou cooperar com as iniciativas multilaterais da organização. Sobre o papel do Brasil na ONU, assinale C ou E nas afirmativas abaixo.

( ) A presença do Brasil em operações de paz da ONU tem sido marcante desde o período da Guerra Fria, sendo priorizadas ações em países de língua portuguesa ou do continente americano, conforme se verifica agora com o exercício do Comando militar da MINUSTAH no Haiti.
( )A ênfase na reforma do Conselho de Segurança coaduna-se com a postura da diplomacia brasileira em defesa de uma democratização dos foros multilaterais de decisão e resulta do objetivo afirmado pelo país de assumir maiores responsabilidades internacionais e ampliar sua participação.
( ) O apoio recebido dos membros permanentes do Conselho de Segurança, ademais da condição de representante natural da América Latina, contando com o suporte irrestrito não apenas de seus vizinhos, mas também de alguns países africanos, fortalece a candidatura brasileira, país que mais vezes ocupou a vaga rotativa nesse órgão, ao lado do Japão.
( ) Consciente do seu papel junto aos países periféricos, o Brasil tem se destacado na proposição e apoio a iniciativas voltadas para o desenvolvimento social no seio da ONU, estando inclusive adiantado na implementação de boa parte dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

Na número um o erro é priorizadas. Brasil recebe apoio da França, Reino Unido e Rússia. A China não apoia diretamente o Brasil. Colin Powell afirmou que se dependesse dele ele apoiaria, mas não houve uma declaração oficial. Argentina é contra. Brasil completa seu décimo mandato ( junto com o Japão) rotativo. Em 2004 Lula lança a Ação Internacional contra a fome e a pobreza. Em 2004 a UNITAID é lançada por Lula chamado Ação Internacional contra a fome e a pobreza.

7) A criação da OMC abriu novas oportunidades no contexto do sistema multilateral de comércio. Sobre as características e evolução dessa organização, marque C ou E nas afirmativas abaixo:

( ) O lançamento da Rodada de Desenvolvimento em 2001, na cidade de Doha no Qatar, representou um marco importante nas relações multilaterais, pois limitou os debates aos temas de maior interesse dos países periféricos, especialmente acesso aos mercados agrícolas e corte de subsídios.
( ) A criação do G20 em 2003 aumentou a participação dos grandes países emergentes nas discussões da OMC, com destaque para Brasil e Índia, contribuindo para o notável avanço das negociações relativas à redução do protecionismo agrícola e dos subsídios.
( ) Divergências ocorridas recentemente nas negociações multilaterais da OMC com parceiros como Índia e Argentina enfraqueceram a postura negociadora do país, e acabaram por levar a resultados favoráveis aos países centrais em detrimento dos interesses periféricos.
( ) O protecionismo brasileiro em determinados setores e a recusa do país em flexibilizar sua posição nas negociações de acesso a mercados para produtos não-agrícolas
( NAMA) contribui para as dificuldades no fechamento da Rodada, embora se justifiquem tendo em vista a necessidade de proteger a indústria nacional.

O Mandato da Rodada Doha inclui NAMA ( Acesso a mercados para produtos não agrícolas) relativo a comércio e serviços. Não houve notável avanço nas negociações relativas a agricultura no que tange aos subsídios agrícolas e acesso a mercados. Argentina se diz traída pelo Brasil em 2008 devido ao corte médio de 56% nas tarifas manufaturadas que o Brasil foi favorável. Brasil defendia um critério mais rigoroso para as salvaguardas especiais (medidas temporárias que visam proteger a indústria doméstica de surto repentino de importações de produtos concorrentes) com aumento de 40%. Não houve resultado favorável aos países centrais. O Brasil está disposto a flexibilizar sua posição nas negociações de NAMA.

8) Considerando o momento mais recente da integração mercosulina, assinale C ou E nas afirmativas abaixo:
( ) A inauguração do Tribunal Permanente de Revisão em Assunção no ano de 2004 representou um reforço institucional para o bloco e conferiu maior lastro de permanência ao projeto integrador.
( ) A aproximação do MERCOSUL com a Comunidade Andina (CAN) e o processo de integração da Venezuela revelam o grau de abertura do bloco aos vizinhos e demais projetos integradores, num contexto de integração sul-americana mais ampla que muito interessa à política externa brasileira.
( ) O lançamento do Fundo de Convergência Estrutural do MERCOSUL (FOCEM) em 2006 representou importante instrumento para reduzir as assimetrias econômicas entre os sócios, financiando projetos em áreas diversas como infra-estrutura e coesão social.
( ) A conclusão de diversos acordos de livre comércio entre o MERCOSUL e distintos países representativos como Índia, África do Sul e China demonstra a importância do bloco com instrumento de negociação comercial.

É o Protocolo de Olivos (2002) que cria o TPR. Em agosto de 2004 é inaugurado em Assunção revelando maior permanência e maturidade. Todos os membros da CAN passam a ser membros associados ao MERCOSUL. O FOCEM reduz as assimetrias econômicas fundamentalmente no Paraguai e Uruguai com 70% dos recursos vindos do Brasil. O MERCOSUL não fechou com a Índia e a África, só Israel e Egito estão fora da ALADI. Com a Índia há um acordo de preferência alfandegária que alcança apenas alguns setores.

9) Considerando o momento mais recente da integração mercosulina, assinale C ou E nas afirmativas abaixo:
( ) A inauguração do Parlasul em 2007, com seus membros escolhidos diretamente pela sociedade e com representação proporcional à população dos países sócios evidencia os esforços de aprofundamento da estrutura institucional do bloco, de modo a adequá-lo aos desafios contemporâneos.
( ) A dificuldade em negociar-se ao fim da dupla cobrança da TEC representa um grande desafio para o avanço da dimensão comercial do bloco e cria entrave importante nas negociações de acordos comerciais com parceiros como a União Europeia.
( ) A incorporação efetiva da Venezuela esbarra na resistência dos congressos de Paraguai e Brasil, que recusam-se a ratificar o protocolo de adesão em função da fragilidade das franquias democráticas naquele país.
( ) A sucessão de contenciosos e desentendimentos entre os sócios, como no caso de Brasil e Paraguai em torno de Itaipu e dos “brasiguaios” ou no caso de Uruguai e Argentina em torno de usinas de papel instaladas às margens do rio Uruguai, são evidência da inexistência de um verdadeiro sentimento integrador.

Não há eleições diretas nem no Brasil, nem na Argentina e nem no Uruguai. Até 2012 o Brasil conseguirá fazer eleições diretas para o Parlasul. No Brasil são os deputados do Congresso Nacional que representam. O fim da dupla cobrança já foi negociado em agosto de 2010. O Congresso Brasileiro conclui a ratificação de adesão da Venezuela ao MERCOSUL, apenas o Paraguai ratificou. Não faz sentido dizer sentimento integrador no âmbito do MERCOSUL.

10) A União das Nações Sul-americanas ( UNASUL) constitui iniciativa em vigor voltada para um adensamento da integração sub-regional. Sobre as suas características, assinale C ou E nas afirmativas abaixo:

( ) A UNASUL é desprovida de qualquer institucionalização, nos moldes do velho Grupo do Rio, mas com o objetivo precípuo de estreitar a integração sub-regional, tanto nas esferas econômica e comercial, quanto no plano social e cultural.
( ) A UNASUL, como mecanismo de concertação política entre seus membros, foi bem sucedida recentemente na superação do entrave diplomático entre Colômbia e Venezuela, evitando o rompimento de relações entre os países.
( ) A criação de conselhos temáticos, como o Conselho de Infraestrutura e o Conselho de Saúde, constitui avanço importante no seio da UNASUL, tendo permitido uma articulação maior entre os países em temas de interesse comum, como quando do enfrentamento do surto de Gripe A em 2009.
( ) A constituição do Conselho Sul-americano de Defesa, proposta pelo presidente Hugo Chávez, despertou inicialmente uma resistência no governo brasileiro, temeroso de uma corrida armamentista e crescente militarização da região.

A UNASUL tem institucionalização com sede em Quito, Equador. Tem reuniões de cúpulas periódicas e conselhos temáticos, além do viés social e cultural. Houve um rompimento de relações diplomáticas entre Colômbia e Venezuela. Chávez e Santos retomaram as relações ajudado pela UNASUL. A proposta não é de Chávez e sim do Brasil, que é o articulador da proposta ( Nelson Jobim).

11) O reforço da UNASUL tem sido uma aposta atual do governo brasileiro. Sobre o momento atual dessa iniciativa, assinale C ou E nas afirmativas abaixo:

( ) A proposta do Banco do Sul, inserida no seio da UNASUL contou com amplo apoio de todos os países sul-americanos, servindo à necessidade de funcionar como mecanismo regional de fomento ao desenvolvimento.
( ) Rivalizando com a ALADI em termos conceituais, a UNASUL tende a privilegiar uma integração mais pautada na integração sócio-cultural e na inclusão social, conforme evidenciado pela criação de um Conselho para o Desenvolvimento social.
( ) A criação da CELAC, conforme proposta em 2010 na II Cúpula da América Latina e do Caribe no México, atende aos anseios brasileiros de reforçar as relações e a concertação política e econômica com outros países latino-americanos para além da UNASUL.
( ) Não obstante a importância crescente da UNASUL e da CALC nas esferas da América do Sul e da América Latina, a região ainda se ressente do fim do Grupo do Rio, conforme ficou patente na ausência de uma posição homegênea na questão hondurenha em 2009.

O Banco do Sul só conta com o apoio de sete países, os quatro do MERCOSUL e os três bolivarianos ( Venezuela, Bolívia e Equador). A UNASUL não rivaliza com a ALADI. A UNASUL tem uma dimensão social e cultural. Em fevereiro de 2010 a CELAC foi criada na II CALC em Riviera Maya, na II CALC. O Grupo do Rio ainda não acabou, ele tende a ser absorvido pela CELAC.

12) Nos últimos 10 anos, a China afirmou-se como um dos principais atores do comércio mundial, ganhando espaço em diversos mercados. No que tange as relações comerciais Brasil-China, assinale C ou E nas afirmativas abaixo:

( ) A China responde por boa parte da demanda sobre o minério de ferro e a soja em grãos exportada pelo Brasil, contribuindo para a elevação periódica do preço dessas commodities.
( ) O padrão do comércio Brasil-China mostra-se pouco diversificado e concentrado em commodities do lado brasileiro e em produtos de baixo valor agregado do lado chinês. Apontando para uma tendência de superávit a favor do Brasil como ocorreu em 2009.
( ) A entrada da China na OMC em 2001 levou ao pronto e amplo reconhecimento do país como economia de mercado, contribuindo para o avanço das exportações chinesas e limitando a aplicação de medidas anti-dumping contra seus produtos.
( ) O aumento da penetração de produtos chineses na América Latina tem provocado certo deslocamento das exportações brasileiras para essa região, principalmente em produtos manufaturados de médio e alto valor agregado como eletro-eletrônicos.

Mais de 60% do que o Brasil exporta concentra-se em soja e minério de ferro. A China é de longe o maior importador de produtos brasileiros. Nos anos 90 a China era exportadora de produtos de baixo valor agregado. Depois de 2003 ela passa a exportar gêneros de média e alta densidade tecnológica – eletrônicos, máquinas, equipamentos. O Brasil teve superávit em 2009 e 2010. Brasil tem que lutar para diversificar suas exportações. OMC define 2016 para os países membros reconhecerem a China como economia de mercado. Em 2004 Lula declara reconhecimento, mas ainda depende de regulamentação. As exportações brasileiras para a América Latina estão sendo deslocadas em função das exportações da China. A China tem uma fatia de mercado superior à brasileira.

13) Considerando o estágio atual da relação Brasil e China, assinale C ou E nas afirmativas abaixo:

( )O estabelecimento de uma parceria estratégica ainda nos anos 90 sinalizava para o reconhecimento do peso específico que ambos os países possuem nos dois lados do mundo e para a possibilidade de exploração conjunta no domínio técnico-científico.
( ) A afinidade de posições em foros internacionais, como nas reuniões do G20 financeiro ou na COP 15 através do BASIC, evidencia a perspectiva de crescente concertação política, essencial como mecanismo de reforço e legitimação das posições internacionais do Brasil.
( ) O apoio chinês à entrada do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança reflete o grau de confiança mútua alcançado, mas se choca com a rejeição da China à entrada do Japão, articulada com o Brasil no G4.
( ) A criação do Conselho Empresarial Brasil-China e a crescente presença de investimentos brasileiros no país asiático aponta para a importância do mercado chinês no processo de internacionalização de nossas empresas.

Não houve apoio explícito do Brasil como membro permanente do CS. Empresas do Brasil na China: Gerdau, Tramontina, Vale do Rio Doce, Embraer, Azaléia.

14) Considerando a evolução mais recente das relações bilaterais Brasil e Rússia, assinale C ou E nas afirmativas abaixo:

( ) Durante o governo Fernando Henrique Cardoso, o reconhecimento do caráter estratégico da parceria e a criação da Comissão de Alto Nível Brasil-Rússia aponta para o compromisso com o aprofundamento da cooperação bilateral, superando-se o período de incerteza da primeira metade da década.
( ) A cooperação Brasil e Rússia na área espacial é promissora, tendo no acordo para a construção e operação conjunta de veículos lançadores de satélites (VLS) um importante componente, além da realização de experimentos brasileiros na parte russa da Estação Espacial Internacional ( ISS).
( ) O significativo aumento no fluxo de comércio Brasil-Rússia, exceção feita ao ano de 2009, sinaliza para a estratégia brasileira de diversificação de suas parcerias, sendo o mercado russo o principal comprador de carnes brasileiras.
( ) Os recentes acordos para a compra de armamentos russos são resposta à impossibilidade em negociar nesse setor estratégico com os EUA, evidenciando uma atuação pragmática do Brasil, cioso da necessidade de ampliar sua capacidade militar de defesa.

O cosmonauta brasileiro Marcos Pontes vai ao espaço. A Rússia é o principal mercado de carnes depois da flexibilização das medidas sanitárias e fitosanitárias. Em 2010 Brasil e EUA firmam acordo militar.

15) A criação do Fórum de diálogo Índia, Brasil e África do Sul ( IBAS) em 2003 responde à lógica da Cooperação Sul-Sul, largamente enfatizada pela Política Externa Brasileira contemporânea. Sobre esse grupo, assinale C ou E nas afirmativas abaixo:

( ) O IBAS foi articulado com o objetivo de promover maior concertação política entre os três países em foros internacionais, sendo comum a defesa da reforma do Conselho de Segurança da ONU e o avanço da Rodada Doha da OMC.
( ) A defesa do desenvolvimento do mundo periférico e de uma globalização justa e inclusiva levou o IBAS a articular o Fundo de Combate à Fome e à Miséria, já em funcionamento, com recursos investidos em países menos avançados, como o Haiti.
( ) Os avanços no fluxo de comércio entre os três países pode também ser creditado ao IBAS, grupo que tem dado ênfase crescente à temática comercial, reconhecendo o grande potencial para aumento das trocas de bens e serviços.
( ) Ações no setor de energia também vem sendo buscadas no seio do IBAS, ganhando espaço os acordos na área de biocombustíveis e as discussões acerca da ampliação do diálogo na área nuclear.

IBAS é um instrumento de concertação política. O Fundo IBAS de combate à fome a à miséria tem recursos aplicados no Haiti e Guiné-Bissau. Desde 2006 o IBAS tem se dedicado à temática comercial. A III Cúpula Nova Dehli assumiu-se o compromisso de aumentar em 50% o comércio trilateral até 2010.


1 – ECEE
2- CECE
3- EECC
4- CCCC
5- D
6- ECEC
7- EEEE
8- CCCE
9- EEEE
10- EECE
11- EECE
12-CEEC
13-CCEC
14-CCCE
15-CCCC